spot_img

Depressão: conceito, sintomas, tipos, causas e tratamentos

E de repente o mundo se torna preto e branco. A cor das coisas parece não ser vista aos nossos olhos e o riso das pessoas já não soa tão bem aos nossos ouvidos. Só há uma espécie de vazio no peito, uma melancolia que vai e vem, mas que não parece nunca ir embora.

A depressão tem se tornado um sério problema de saúde pública. Especialmente entre os jovens, os últimos anos têm mostrado cada vez mais casos da doença. E enquanto se fala de mal do século, pouco ainda se sabe sobre prevenir, identificar e tratar a patologia.

O objetivo deste artigo é contribuir com informação, esclarecendo as principais dúvidas sobre a depressão de uma forma simples e direta. Compartilhar conhecimento é a melhor forma de difundir conteúdo sobre essa doença, contribuindo para atingir mais gente que precisa de ajuda.

O que é depressão?

A depressão é uma patologia psiquiátrica caracterizada por um sentimento de tristeza profunda e pessimismo com relação à vida. Essas características se mantêm frequentes e possuem forte tendência a comprometer a vida do indivíduo. Se tratando de uma doença crônica, a depressão não tem cura, mas o tratamento efetivo pode ser eficaz e atuar para combater e prevenir comportamentos auto destrutivos que podem surgir como consequência da doença. 

Principais sintomas da depressão

A maioria dos sintomas de depressão se assemelham à condição de uma tristeza rotineira. O diferencial da doença é a permanência dos sintomas tradicionais e a presença de outros sintomas mais mórbidos que levam risco direto à saúde e a continuidade da vida do indivíduo.

Além das alterações de humor que incluem tristeza constante e um sentimento de vazio que causa ansiedade, a depressão também altera a perspectiva do indivíduo perante os acontecimentos de sua vida, gerando perda de interesse pelos bons momentos da vida, além de uma compreensão pessimista e desesperançosa perante o futuro.

A depressão também atinge aspectos sociais da vida, afetando relacionamentos com a sensação de insuficiência, inutilidade e sentimentos de culpa frequentes. Quadros de dependência emocional também são comuns, uma vez que a depressão causa a sensação de vulnerabilidade perante os outros levando o indivíduo a se sentir um fardo para aqueles que estão próximos a ele.

Na questão física, a depressão gera abatimento e fadiga. O indivíduo não se sente disposto a realizar atividades rotineiras, em especial as de cuidado pessoal, demonstrando semblante cansado, muitas vezes acompanhado por uma linguagem corporal introspectiva e insegura.  Esse estado pode comprometer a tomada de decisões e a capacidade de concentração, que estão diretamente ligadas à vida familiar, amorosa e profissional.

Por fim, a depressão está diretamente atrelada a pensamentos autodestrutivos, que em casos mais leves podem gerar dependências, assim como o desenvolvimento de outros transtornos mentais e problemas de saúde, e nos casos mais graves fazem o indivíduo tramar contra a própria vida em tentativas de suicídio que infelizmente se concretizam muitas vezes.

Principais causas da depressão

Muitos fatores podem influenciar o desenvolvimento ou estar por trás de um quadro de depressão. Tanto próprios do indivíduo, quanto alheios a ele, a doença está atrelada a condições psicológicas, ambientais, genéticas e biológicas. Acontecimentos traumáticos também são fortes motivadores para o desenvolvimento da depressão, desencadeando emoções que quando não expressadas ou trabalhadas, podem acarretar danos à saúde mental.

Entre os principais causadores de depressão estão estresse e ansiedade rotineiras, bem como problemas em relacionamentos. Histórico familiar e transtornos psicológicos inatos também aparecem como grandes causadores, junto a problemas físicos como excesso de peso, sedentarismo e o consumo de alimentos processados. 

Tipos mais comuns de depressão

A seguir listamos os tipos mais frequentes de depressão. Cada um possui determinada similaridade com o outro, principalmente em relação aos sintomas e ao tratamento, mas ainda assim são diferentes quanto ao diagnóstico.

Depressão Maior

O transtorno depressivo maior é um tipo de depressão ligada a uma desordem hormonal que compromete o bom funcionamento psicológico. Está associado a eventos traumáticos e estresse rotineiro durante longos períodos de tempo, necessitando de suporte médico para o diagnóstico e tratamento correto.

Distimia

Tipo de depressão crônica caracterizada pela presença de um mau humor frequente, que muitas vezes é confundido com traço de personalidade. Os sintomas são leves e sua periodicidade deve durar ao menos dois anos para levar ao diagnóstico, possuindo sintomas tradicionais como a desesperança, a baixa autoestima e a insegurança nas relações com outras pessoas.

Depressão Ansiosa

Este tipo de transtorno mistura os sintomas característicos da depressão com os da ansiedade, com o quadro depressivo quase sempre sendo uma consequência de um quadro ansioso anterior. O transtorno reúne sintomas comuns a ambas as doenças, como irritabilidade, apatia, insônia e possui tratamento médico.

Depressão Psicótica

Este tipo de depressão é considerada grave, apresentando sintomas psicóticos como delírios e alucinações. Costumeiramente ocorre com pacientes que já possuem histórico de depressão longevo, podendo ser entendida como uma complicação do quadro, sendo necessário auxílio psiquiátrico para realização de um diagnóstico.

Depressão Pós-parto

A depressão pós-parto acomete mulheres que acabaram de dar à luz. Sintomas como tristeza profunda e apatia passam a surgir de dois a três dias após o nascimento da criança, durando por até dez dias. A doença põe em risco a saúde de mãe e filho, devido ao possível comprometimento da conexão entre eles.

Tratamentos para depressão

O tratamento mais eficaz contra a depressão consiste no acompanhamento regular de um médico psiquiatra e de um psicólogo. Como se sabe a depressão afeta tanto nossa mente quanto o nosso corpo, por isso enquanto um psicólogo se encarregará de analisar e orientar o indivíduo para compreender os aspectos mentais de sua doença, o psiquiatra poderá efetuar o diagnóstico e avaliar o tratamento medicamentoso adequado.

Ter bons hábitos como uma rotina de atividades físicas e uma alimentação saudável e equilibrada podem favorecer o tratamento e prevenir a depressão. Outro ponto importante é o apoio afetivo familiar no acolhimento do problema através da empatia e da compreensão, agindo como base e força motivadora que permitem o indivíduo ter o incentivo para se restabelecer. Tratamentos alternativos como o reiki, a meditação, o yoga e a aromaterapia também podem complementar o suporte ao combate da depressão.

Em resumo, são várias as possibilidades de procurar ajuda, mas nenhuma supera a boa e velha terapia. A maior parte das pessoas só considera a terapia necessária quando já se tem algum tipo de problema relacionado com a depressão. Terapia é para todos e pode ser uma excelente ferramenta para prevenir danos a nossa saúde mental, uma vez que ela permite que você lide com seus problemas enquanto eles acontecem, sob a orientação de um profissional e com o suporte emocional que te permitirá ser mais resiliente.

Para mais artigos como esse, confira nossos outros posts nesse mesmo blog e se permita ficar melhor informado sobre tudo que envolve o universo da saúde mental. Conhecimento é válido em todas as situações, ainda mais quando tem relação com coisas que podem garantir sua qualidade de vida e bem-estar.

ARTIGOS RELACIONADOS

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

FIQUE CONECTADO

0FãsCurtir
3,912SeguidoresSeguir
22,100InscritosInscrever
- Advertisement -spot_img

MAIS RECENTES